leiabula

quarta-feira, 6 de agosto de 2014


As vezes até sorria, aquele sorriso baixo de quem esconde o quanto já sofreu e mascara tudo com uma vida digna e promissora, ou pelo menos era o que achava que aquilo era. Nao era digno ver todo dia o sol raiar e não ter a decência de contemplar quao grande era esse fenômeno, era tanta coisa para pensar, para fazer, tanta coisa para tanta coisa. A metrópole só nao era mais confusa e sem graça do que suas teorias, palavras difíceis e relacionamentos mal resolvidos. Mas e dai? Ninguém se importava, por si só também nao se importava. E em meio as nuvens cinzentas, de quase mesmo tom de todas as outras coisas sem graça que apareciam no seu percurso, aparecia de vez em nunca alguém que se não fosse daquela maneira podia até ser de maneira outra. Afinal, de que valiam os lá 3 doutorados que tinha, e todos aqueles anos de estudo se não sabia ainda como amar.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013




Todo dia sonhava, ria e escrevia como se o mundo fosse seu. Buscava felicidade, buscava sensações, buscava algo que nenhum dia encontrou. E talvez, o mundo até a pertencesse, geralmente a gente só se dá conta dessas coisas quando elas somem.. Procurava inspiraçao em algo que nao lhe servisse só de tapa buracos ou rendesse uma longa, fascinante, e misteriosa novela. De todo o livro só tinha uns 3 ou 2 capitulos realmente úteis, a vida nao lhe proporcionara  lugar de protagonista, mas já havia, a muito, conseguido por si só esse papel. Tinha lá um certo dom argumentativo. As coisas iam indo até que um dia encontrou, não inspiraçao, inspiraçao é um flash que te ama e no outro segundo vai embora, as vezes você nem consegue capturar, de tão rápida que é a fuga.. Tinha surgido um lance que incendiava, começando de dentro, rachava o peito no meio e colocava cor no outono sem graça.
Não tinha mais seu dom. Tudo sumira.
Só desejava que não acabasse, o que surgia não era mais inspiraçao, vinha de longe, ficava ao lado e não deixava folga nem sequer pra escrever. Essa onda que revolucionava de corpo e alma, hora ou outra iria reclamar, iria se sentir inferior por que não trazia consigo a força das palavras, o que não sabia porém é que não haviam, ainda, palavras que suprissem tamanho turbilhão. Estava apaixonada pela ideia da verdade.
Do pra sempre.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


Ele não te avisou que ia chegar, não mandou cartas, não ligou, nem sequer um sinal de fumaça. Queria te fazer surpresa. queria te pegar de qualquer jeito, queria que você fosse você mesma, sem outros tons, sem outras melodias. Quando se deu conta ele já estava lá, tomando café e comendo bolo de fubá na Sua cozinha, mas oras, como podia ser mais oportuno? Chegara na melhor hora, com os braços quentes para te aconchegar, com um sorriso para lhe curar todas as feridas e dores, antigas e amargas.
 E devagarzinho foi se incrustando, foi te fazendo esquecer da vida antes da sua presença, foi te fazendo mais segura, mais feliz. Mais Você. Mesmo sendo (por vezes) tão diferente, é tão seu, tão igual, é até difícil de acreditar. Parece um sonho, não é? Eu sei, eu sei.
 Dia a dia te fazendo querer mais e mais, te fazendo adormecer por de baixo do sol, e contemplar enlevadamente, ao lado Dele cada lua, fazendo por valer cada minuto em sua companhia.
 Suas mãos por si só são capazes de fundi-los em um só, de ter certeza única de que isso sim é o que você sempre esperara, o amor da sua vida, o Seu conto de fadas, e dessa vez, pela primeira e última, era o príncipe e não o cavalo.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012


Um dia se cansavam, sem saber bem as razões, os porquês. Se cansava talvez por conhecer, se decepcionar, talvez por juntar ambas e ultrapassar a soma negativa das partes. De forma ou outra, assim mutilavam, desgastavam, feriam, destruíam. E corriam, corriam para refúgios despretensiosos, cheios de cor e brilho, fugiam para não ter que aturar falsas felicidades, falsos sorrisos, pseudo ideais. 
Largavam a xícara de café, o jornal meio folheado, o açúcar derrubado, as promessas não cumpridas, e saiam, saiam para procurar novos ambientes, novas juras, novas experiências, novos elogios. Num modo desesperado de conseguir, conseguir se encontrar, conseguir encontrar em si novas formas de ter esperança, esperança de que tudo não é um ciclo vicioso o qual acaba sempre com alguém enojado e outro que não é mais o que deixava transparecer. Ou ainda é, mas isso conseguira enganar por tanto tempo, tempo suficiente para se divertir, amar, aconselhar, se entristecer, e posteriormente querer abandonar. 
Abandonar uma base para querer se aventurarem algo incerto, em novos gostos, novos cafés, novos jornais, novos açucares, novas promessas e esperanças de que dessa vez, tudo desse certo.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012


Ser impulsivo lhe era constante, não, impulsividade era breve demais pra ele. Era um apaixonado, lucidez não era seu forte, e por isso, e talvez só por isso era feliz, e era também deste modo que conquistava a todos. Há muito jogara toda uma vida errante fora, percebera que valia tanto por si só que não precisava de apêndices. Por trás de todo o seu ímpeto era sensível, seu tacto era algo que surpreendia, via além do intrínseco, da essência. Conseguia achar graça e beleza em tudo. Tinha lá seus defeitos, e eram exatamente estes que o completavam. Não era nada sem isso.

A Michel Luiz Raposo Franco, obrigada por toda e qualquer inspiração e incentivo. Eu te amo apesar de tudo (idiota)

segunda-feira, 15 de outubro de 2012


Escuro e barulhento como jamais houvera, o coração órfão e doente, dava sinais de gargalhadas interiores. Hipócrita e erroneamente parecia mais sadio do que em toda sua sanidade. Era complicado e duplamente inesperado. Mas o que fazer? 
A filha da podridão estava a propagar todo o seu efeito de caos coletivo..

terça-feira, 2 de outubro de 2012


Surpreenda-me. Não pela simples surpresa. Surpreenda-me para fazer sentir o que nenhum outro já fez, para fazer sentir vivo, vibrante, cada impulso nervoso, cada ataque de emoção. Como um turbilhão. Só pelo extrínseco, só pelo superficial. Só para esquecer o limite corporal, eu e você. Certos apenas do que não se quer, deixar tudo fluir, deixar cada coisa por si só, sem maiores ciências, sem maiores consciências. Parar de temer perder tudo o que não se tem, parar de temer ser feliz, parar de querer entender ou se fazer de entendido. Deixar florar os instintos, deixar ser o que se tem pra ser.
Somos racionais, mas ainda animais.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012


Ao mesmo tempo que ardia nos olhos e queimava os dedos trazia esperança, certezas.. Oh, certezas, há muito não possuía alguma, o instável era mais comum em sua doce e estúpida vida, irritava menos, magoava menos.. Menos era sempre mais. As exceções eram seus vícios, o exagero era quase tão repetitivo quanto o instável, era engrenagem, não funcionava sem os excessos. Paixão demais. Dor demais. Caos demais.. 
A intensidade era droga, era vício ter vícios.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Uma onda de novas constâncias, caminhos diferentes e pressupostos. Não que o passado fosse inútil, e que muito menos passara a ser odioso, e sim dispensavel, e só. Tudo estava diferente.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012



Gostaria, a cada dia mais, que sua ausência não existisse, e que o maior tempo que eu precisasse ficar longe de você fosse o de um banho, enquanto você fosse buscar nosso café na padaria. Queria beijos mais longos, tão longos que não desse oportunidade do seu gosto sair da minha boca. Preciso de você. Poder passar dias e dias não fazendo nada, além de contemplar nosso amor, e fazer de teu peito minha cama, e de teus braços minha roupa. Fazer do teu cheiro com o meu, uma nova fragrância, que de tão incrustados se tornassem insolúveis as circunstâncias. Quero sentir sua mão segurando a minha forte, como resposta a qualquer fuga. Quero seus olhos encontrando os meus, sentir sua aprovação e arrepiar a cada sorriso torto involuntário. Ouvir seu coração bater rápido, simultaneamente a sua respiração no meu pescoço, te sentir perto, te sentir comigo, sentir a realidade, te sentir vivo. Ver cada pôr do sol, e observar embevecidamente a cada lua, e dormir e te acordar a cada manhã com a certeza de que não será a última. Demorar tanto em seus braços a ponto de me atrasar pra rotina. Decorar cada pedaço do teu corpo, marcar e chamar de meu, todo meu. Passar o dia só te ouvindo, amando cada palavra dita, cada promessa e pausa para saciar brevemente meus lábios. Te provar que vale cada aposta investida e que eu abandono todos meus vícios e inconstâncias, minha eloquência e insanidade, por você. Ter teu sorriso mais perto, seus batimentos cardíacos, toda sua perfeição e cada lindo e minúsculo defeito. Até não saber mais aonde eu termino e você começa. E só isso basta.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012


A efemeridade passava, algo que a pouco havia começado e já estava a terminar. O sorriso subentendido, o toque agridoce.. Tudo já estava escrito, linha a linha, ponto a ponto. Ninguém conseguiria mudar tão quanto fazer evaporar. O gosto que azedava e fazia sentir completo trazia a mesma sensação que há muito não sentia: o aperto no coração que só era absolvido por gotas doces e quentes. Angústia. Era um turbilhão de sensações, muito mais que seus poucos anos poderiam explicar e sentir junto. A lucidez já passara, falhas, cobranças, e necessidades sumiam. O escape surgia e passava. Algo que a pouco havia começado e já estava a terminar. A consciência retornava, os problemas retornavam, e o agridoce sumia. Tudo continuava e continuava, como se nada houvesse acontecido. Faltavam palavras para descrever, faltava sanidade para entender. As linhas sumiam, os pontos sumiam. Nada mais estava escrito, a instabilidade reinava,tudo vinha. E passava. 

terça-feira, 18 de outubro de 2011


Tinha cabelos escuros, segredos tantos quantos; seu nome, não importava, ninguém o gritava ou sussurrava a muito tempo. Suas palavras eram sempre doces, seu semblante escondia qualquer sinal de tristeza, insegurança e dor, nos seus pensamentos, bem, toda alma que lá já estivera saira sem vida. A cada sorriso uma facada, toda gargalhada era um grito agonizante, um pedido de que o Diabo a levasse daquele lugar do qual não pertencia. Sempre conseguia tudo o que almejava e não precisava de muito para isso, conseguia fingir ser o que todos queriam, era idealizada, um pseudo sonho mortal. Dissimulava e entretia, sabia guardar um segredo, ignorar e ser amável, nunca se dava por vencida. Fazia o que o restante temia, acenava para o fim e retornava. Tinha o poder de transformar tudo ao seu redor em caos, e o caos, oh o caos a agradava e muito, amava a desordem, era amante do mal distinto.


continua..

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ex-rotina.


Nossos cacos eu deixei espalhados pelo chão ainda úmido da cozinha, tentei esconder vestígios de você, qualquer semelhança, perfume, palavras deixadas. Tudo em vão. Me lavei de forma a não sobrar mais nada, sangrei para me certificar que nada mais era seu. Sua cadeira de balanço ainda balançava levemente, e em seus movimentos sua força ainda era deslocada. A parede que pintamos já descascava, e gargalhava ironicamente ao meu coração. O palito de Fósforo caído queimado atrás do fogão. Nossas brincadeiras doces jogadas no fundo do criado mudo. Suas palavras que sempre me embriagavam. Em cada deslize, seu nome soava, era cantado pelo vento, pelo som mecânico do liquidificador antigo. Tudo que construímos conspirava a fim de me lembrar que por mais que eu tentasse, você ainda estava lá, em cada canto. Seus passos, seu suor, seu toque, seus remendos, o eco de suas risadas e falsas juras. Por mais que eu mentisse, metade de mim ainda suplicava e era você.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

nostalgia

aquele momento em que seu coração dispara, feito criança em montanha russa, e a maioria das coisas que você não queria (ou ao menos fingia não querer) sentir retorna.

quer dizer que era mesmo Amor.

quinta-feira, 14 de julho de 2011


lembra das lagrimas que eu te falava ? as que doíam e que criavam desilusões? as quais você simplesmente falava que não valia a pena gastar ? lembra da angústia ? a que prendia meu ar, e quase me fazia morrer sufocada em minhas próprias idéias ? lembra do desconforto ? que me era constante e que como um punhal me doía nas costas ? lembra do futuro que eu falava e que você se virava para ele ? o mesmo futuro que você fugia e se remetia a idéia de que o tempo não passaria e que decisões não precisariam ser tomadas ? lembra do mundinho que eu tinha criado para nós ? aquele que você falava que era pequeno demais para nós dois e portanto não merecia ser criado ? Pois é, você tinha razão as lágrimas foram em vão, o sufocamento e o desconforto desnecessários, o futuro algo impróprio para o plural com você, o mundo, ao contrário do que você pensava, algo grande demais para você, com sua mentalidade pequena e seus sonhos tão mesquinhos.só que não importa o que eu faça, se eu tome decisões certas em momentos errados ou se eu fale inoportunos, o meu mundo vai continuar girando e no final eu sei que tudo irá acabar bem, só que você, não vai ter lugar para se abrigar e muito menos alguém que vá te querer como um dia eu te quis.

P.S. : não pense que porque esse texto trata de você que ele te pertença, nada meu te pertence e JAMAIS devia ter pertencido .  

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Quando percebera, havia passado muito tempo. Estava jogado na sarjeta, numa rua qualquer no dia de sua vida. Garrafa ao lado, roupa desapropriada ao local. Já era tarde, a multidão sumira, as luzes apagadas, nos postes lâmpadas amarelas iluminavam o que não era necessário. Pequenos clarões da noite passava na mente. Apalpou o bolso traseiro, o ultimo marlboro, o isqueiro sem gás, o celular sem bateria, e a foto rasgada, lembrara o quanto doía. Pegou a garrafa e seguiu no meio fio, havia deixado mais do que uma lembrança para trás.

quarta-feira, 6 de abril de 2011


Chega uma hora que você simplesmente cansa, cansa de tudo que lhe propuseram, e de tudo que você tem que fingir de ser para te aceitaram, de tudo que você teve que ouvir e achar graça só para não parecer um tanto quanto deselegante. Quanto você não consegue mais ouvir inconvenientes sem mandar a pessoa tomar no cú, e dizer o quão hipócrita e retardada ela é no mundo fechado e atrofiado em que ela vive; com todo seu falso moralismo, falsa coragem e falsa experiência.. A verdade é que ninguém se importa com nada, com ninguém, e aqueles que você acha que irão te ajudar a se reerguer são os primeiros que vão te afundar mais ainda, aquelas pessoas que acham que sabem de tudo o que acontece , mas não sabem enxergar um palmo do que acontece em seus próprios narizes, e você pode fazer o seu máximo, nunca vão mover uma palha por você.. E é quando isso acontece que você descobre que  nada valeu a pena, tudo seu esforço, raiva e chingamentos retraídos só serviram pra você ver que tudo não passava de mentira, conveniência, e que nada melhor do que poder ser você mesma! Portanto foda-se, não tenho culpa se você são ridículos demais para entender, sentir e até mesmo calar a boca. (:


Atrás de um sorriso sempre há fatias de coração.

quinta-feira, 3 de março de 2011



..E de repente você se vê sozinho, com as mesmas ideias, sonhos e princípios. Você percebe que de tanto adiar, rejeitar.. todos se foram. E não, isso não foi da noite para o dia, num estralar de dedos.. foi acontecendo, mas você só se deu conta de verdade quando não restou nada.. ninguém. Você só percebeu que estava errando, quando começou a notar que sempre acabava pelos mesmos motivos, ou melhor, Falhas. Você vê também, que isso que hoje dói, foi ontem sua escolha, a melhor escolha.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

feche os olhos e aguente mesmo depois de pensar que não pode mais, você pode não saber, mas é forte.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011


Na verdade só começamos a perceber que as mudanças realmente doem quando rola uma lágrima, modificada com a maquiagem. Dói e dói muito. Coisas antes sem importância e valor algum passaram a significar toda uma razão. A saudade, a necessidade de ter braços antigos sempre ao redor. O consolo, a válvula. As pessoas que faziam tudo aquilo valer, faziam tudo ter um sentido. E ao olhar pra trás vemos que quando tínhamos TUDO o que sempre necessitamos tão perto, tão nas mãos, não demos o devido valor. E agora, com tudo diferente, a realidade tão superficial, tão vazia percebemos que nunca, jamais, irá retornar, escolhas definem sempre o rumo a tomar, porém também podem mudar caminhos já tomados.