A garota sentia calafrios, suas mãos eram gélidas, sua pulsação atingiu um ponto no qual nunca estivera, e sua respiração estava ofegante, o céu estava nublado, as pessoas como sempre ocupadas, e por isso nunca a viam, nunca a ouviam, e mal percebiam que tudo que acontecia não era normal.
Os olhos da menina, arregalados e confusos, enxergava além do gosto comum, denunciava o que seus lábios queriam dizer e não tinham ninguém para ouvir. Sua pele branca, levemente rosada, fazia no seu rosto, sinais de preocupação, terror. Até que alguém, corajoso ou desatento, a olhou e nesse breve momento, sentiu que a garota precisava dele, percebeu, que o que ela sentia, era o mesmo que ele, ele chamava de solidão, angústia, ela olhou para o rosto que a decifrava e simplesmente sorriu, foi correspondida, e então os dois perceberam, que não importava quando, tudo terminaria da maneira que teria que terminar, e tudo o que precisava acontecer,
aconteceria.