quarta-feira, 6 de agosto de 2014


As vezes até sorria, aquele sorriso baixo de quem esconde o quanto já sofreu e mascara tudo com uma vida digna e promissora, ou pelo menos era o que achava que aquilo era. Nao era digno ver todo dia o sol raiar e não ter a decência de contemplar quao grande era esse fenômeno, era tanta coisa para pensar, para fazer, tanta coisa para tanta coisa. A metrópole só nao era mais confusa e sem graça do que suas teorias, palavras difíceis e relacionamentos mal resolvidos. Mas e dai? Ninguém se importava, por si só também nao se importava. E em meio as nuvens cinzentas, de quase mesmo tom de todas as outras coisas sem graça que apareciam no seu percurso, aparecia de vez em nunca alguém que se não fosse daquela maneira podia até ser de maneira outra. Afinal, de que valiam os lá 3 doutorados que tinha, e todos aqueles anos de estudo se não sabia ainda como amar.