Quando percebera, havia passado muito tempo. Estava jogado na sarjeta, numa rua qualquer no dia de sua vida. Garrafa ao lado, roupa desapropriada ao local. Já era tarde, a multidão sumira, as luzes apagadas, nos postes lâmpadas amarelas iluminavam o que não era necessário. Pequenos clarões da noite passava na mente. Apalpou o bolso traseiro, o ultimo marlboro, o isqueiro sem gás, o celular sem bateria, e a foto rasgada, lembrara o quanto doía. Pegou a garrafa e seguiu no meio fio, havia deixado mais do que uma lembrança para trás.